Como selecionar a luz ideal para o seu ambiente?
O nosso ambiente de trabalho, na maioria das vezes, é o nosso refúgio. É nele que ficamos a maior parte dos nossos dias e das nossas horas. Devido a isso, precisamos dar a devida atenção a todos os detalhes, tudo precisa ser adaptado ou pensado para que a iluminação do ambiente seja a mais confortável possível.
Embora muitas das arquiteturas atuais aproveitam também a luz natural de seu ambiente, é sempre bom entendermos um pouco melhor sobre o assunto e como escolher a iluminação ideal para o seu ambiente.
Por isso, separamos abaixo algumas dicas que vão ajudar nessa organização.
APRENDENDO MAIS SOBRE ILUMINAÇÃO
Separamos quatro tipos de iluminações, cada uma com o seu objetivo e aplicações ideais. É importante ressaltar que devemos utilizá-las de maneira correta e, na medida do possível, distribuir e variar os tipos de iluminação para proporcionar uma decoração mais interessante ao seu ambiente. Confira quais são:
LUZ NATURAL
Caracterizamos basicamente como a luz externa, que entra pelas portas, janelas e claraboias, variando de intensidade conforme o dia. É essencial para dar vida ao ambiente, além de que o sol é ótimo para evitar umidade na casa.
ILUMINAÇÃO AMBIENTE
É aquela iluminação geral do ambiente, ou seja, a principal. Ela, em sua maioria, fica no teto e pode aparecer em pendentes, spots, plafons e adaptadas em sancas de gesso. Pode ser composta de apenas um ponto (no centro do ambiente) ou distribuída em trilhos de lâmpadas e vários spots.
ILUMINAÇÃO ESPECÍFICA
É utilizada para iluminar uma parte do ambiente. Geralmente, é feita com arandelas ou até mesmo uma luminária de foco e tem o objetivo de possibilitar a utilização do espaço iluminado. Exemplos: luminária para a mesa do escritório ou spots para iluminar dentro do guarda-roupa.
ILUMINAÇÃO DE REALCE
É usada para destacar um objeto ou uma área desejada, para exibição da arquitetura, decoração ou produto. Também provoca um ponto visual de interesse na área e leva bastante informação de design para o ambiente. Exemplos: spots de LED para iluminar quadros ou produtos.
FALANDO SOBRE CORES E SUAS TEMPERATURAS
Além dos tipos de iluminação, existem diversas cores e temperaturas para escolher em um projeto luminotécnico. A cor é, literalmente, a tonalidade que a lâmpada tem (branca, amarela, vermelha, azul etc.). A temperatura, no entanto, é a variação das luzes brancas de LED, sendo que algumas emanam tons mais amarelados, e outras, tons mais azuis. A temperatura de cor é medida em Kelvin (K). Quanto menor a quantidade de Kelvin mais amarelada é a luz. Uma lâmpada de 4.000 K é uma luz branca (fria), lembra as antigas lâmpadas fluorescentes. Portanto, se na caixa da lâmpada de LED estiver escrito “3.000 K” será uma luz levemente amarelada (branco quente). Já 2.700 K é uma lâmpada com a luz mais quente, mais amarela, próxima as antigas lâmpadas incandescentes.
Entenda abaixo cada um dos tons e como aplicá-los:
BRANCO QUENTE
Com um toque dourado, remete ao aconchego e ao relaxamento.
BRANCO FRIO
Praticamente sem tons amarelados, é ideal para banheiros, cozinhas, escritórios, e também para outros locais em que as pessoas precisarão de mais atenção para fazer determinadas tarefas.
BRANCO NEUTRO
Com um tom levemente amarelado, a iluminação branco neutro é a intermediária entre os tons branco frio e branco quente, tanto com relação a cor quanto em sensações. É utilizada em shoppings e espaços comerciais por proporcionar estímulo, mas sem muitos exageros.
DICA EXTRA: OPTE POR LÂMPADAS COM MAIOR EFICIÊNCIA ENERGÉTICA E QUE DUREM MAIS
Ultimamente, as lâmpadas mais indicadas para se utilizar são as de LED. Apesar de terem um preço um pouco mais alto, quando comparadas às lâmpadas fluorescentes, elas proporcionam uma economia de até 80% na conta de luz e duram até 25 vezes mais.
O consumo de energia elétrica é medido em Watts (W). Quanto maior o número de Watts maior será o gasto de energia elétrica e, consequentemente, maior será a despesa com a conta de luz. Na embalagem da lâmpada está especificada a quantidade de Watts. Normalmente, 5W, 12W, 18W, 22W. Entretanto, o mais importante é medir a eficiência energética especificada em Lúmens por Watt. Quanto maior o número de Lúmens por Watt maior é a eficiência energética da lâmpada, ou seja, gasta-se menos energia (watts) para gerar mais luz (Lúmens). Na embalagem das lâmpadas está especificada a eficiência energética da lâmpada de LED (Lumens/Watt). Mas se não estiver escrito, você mesmo pode fazer a conta dividindo a quantidade de Lúmens pelo nº de Watts que estiverem especificados na embalagem. Uma lâmpada de LED com boa eficiência energética produz acima de 100 Lúmens por Watt. As de alta eficiência energética operam no mínimo com 150 Lúmens/Watt. As de eficiência moderada estão acima de 80 Lúmens/Watt. As mais baratas e menos eficientes oferecem 50 Lúmens/Watt.
Outro aspecto importante é a vida útil da lâmpada de LED em horas de uso. Existem lâmpadas que duram 20.000 horas, 50.000 horas, 75.000 horas ou mais. E as de uso profissional mínimo de 150.000 horas. Mas não é só isso, a quantidade de luz produzida pelo LED diminui com o tempo, decaindo até 30% quando o LED é de boa qualidade, em relação à luz emitida pela lâmpada de LED nova. Nos LEDs de baixa qualidade essa perda de luz pode atingir 70%. Depois de um tempo, a lâmpada ainda está acesa, mas o ambiente parece que escureceu. Já entrou em uma loja onde o teto está cheio de lâmpadas mas o ambiente está meio escuro?
A qualidade da lâmpada de LED você só descobre com o uso, pois infelizmente o controle de qualidade das lâmpadas importadas não é 100% seguro. Mesmo aquelas com o selo PROCEL podem não oferecer o que prometem, pois a fiscalização de milhões de lâmpadas importadas da China não ocorre na frequência e cobertura suficiente. Então, se estiver buscando confiabilidade de desempenho e economia, procure comprar lâmpadas de marcas reconhecidas pela qualidade no mercado, por exemplo, Osram ou Phillips. Dessa forma, você também estará contribuindo para a preservação do meio-ambiente, gerando menos resíduo com o descarte pré-maturo de milhões de lâmpadas de baixa qualidade que duram menos.
UTILIZANDO CORES CLARAS NO TETO
Além de dar a impressão de que o ambiente é mais amplo, a cor clara no teto favorece a iluminação por refletir mais a luz. Assim, não precisará de lâmpadas tão potentes para ter um ambiente bem iluminado. O mesmo vale para as paredes e cortinas.
NÃO ESQUEÇA DE OBJETOS QUE REFLETEM
É necessário um cuidado extra caso você tenha muitos espelhos e objetos que refletem dentro do seu ambiente. Para evitar que a luz reflita e vá de encontro aos olhos de quem estiver passando, evite direcionar a iluminação para o objeto ou deixá-la na mesma altura que ele. O mesmo é válido para a televisão: cuidado para que a luz não reflita na tela, atrapalhando quem está assistindo.
A iluminação ideal é uma importante etapa do acabamento. Por isso, precisa ser pensada com calma e estudo.